quarta-feira, 17 de abril de 2013

Profundo mar de emoções

"O Profundo Mar Azul" é um filme inspirado na peça teatral homónima de Terence Rattingan. O realizador, Terence Davies, é um cineasta pouco prolífero cujo último filme de ficção, "A Casa da Felicidade", remonta a 2000.
 
A narrativa fílmica centra-se na figura de Hester, mulher que tenta suicidar-se por dificuldade em lidar com os seus problemas e os dos que a rodeiam. O grande fator que conduz Hester a semelhante estado é a relação que mantém fora do casamento com um jovem piloto veterano da 2ª Guerra Mundial que lutou com fervor pela sua Grã-Bretanha. A relação desafogada com o marido, juiz, não a satisfez totalmente, pelo que acaba por ceder à paixão que nutre pelo piloto; só que o conflito que ela sente dentro de si, pensando no afeto de ambos homens e nas suas recções às adversidades das relações, é tremendo.
 
"O Profundo Mar Azul" é um complexo retrato de uma relação amorosa com demasiados elementos e uma figura central indecisa e sensível. A atriz Rachel Weisz interpreta muito bem Hester e os atores que dão o corpo ao marido e ao amante foram bem escolhidos. A banda sonora acentua a sensibilidade da protagonista e da narrativa.
É um filme a ver, apesar de não ser perfeito. Recomenda-se a quem goste de estudar o amor.

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