sábado, 6 de abril de 2013

Adeus a Roger Ebert e ao seu polegar

No dia 4 de Abril de 2013 morreu um dos nomes mais conhecidos da crítica cinematográfica dos E.U.A. e quiçá do mundo. Roger Ebert tinha 72 anos, tendo nascido a 18 de Junho de 1942 em Urbana, no estado de Illinois, e faleceu devido às muitas complicações que um cancro lhe havia trazido, incluindo a perda da voz há poucos anos.
Amante de livros, de jornais e da escrita, Ebert trabalhou em vários jornais e revistas antes de se tornar, no final dos anos 60 do século XX, no crítico de cinema de serviço do jornal Chicago Sunday Times. Aí começou a demonstrar o quanto compreendia os filmes e as diferentes correntes criativas presentes no cinema, bem como surpreendeu com a qualidade da sua escrita e das suas opiniões, muito diretas. Ganhou o prémio Pulitzer em 1975, um galardão nunca antes atribuído a um crítico de cinema.
Em 1975, Ebert aceitou um novo desafio e juntou-se a Gene Siskel, também crítico de cinema, mas no jornal Chicago Tribune, num programa televisivo onde ambos criticavam filmes. O duo só se separou em 1999 com a morte de Siskel. Ebert não quis terminar o programa pelo que finalmente, após conversas e várias intervenções de colegas e personalidades no mesmo, Richard Roeper foi selecionado para ocupar o lugar que Siskel deixara vago.
O seu legado no cinema é vasto e muito interessante. Além das críticas que teceu, defendeu o cinema menos convencional, escreveu várias obras com os filmes como tema, participou numa campanha que resultou na criação de uma classificação etária, a NC-17 que permitiu a separação de filmes para adultos e jovens adultos, e afirma-se ter sido a mente por detrás da famosa maneira como ele, Siskel e Roeper avaliavam as produções cinematográficas, apontado para cima ou para baixo com o polegar caso gostassem ou não do que haviam visionado nas salas.
 

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