Parabéns, Miyamoto!

O Prémio Príncipe de Astúrias da Comunicação e de Humanidades de 2012 foi atribuído ao muito querido Miyamoto Shigeru, criador e responsável pelos videojogos A Lenda de Zelda, Wii Fit, Nintendogs e os títulos protagonizados pelas conhecidas personagens Mario e Donkey Kong. Miyamoto já havia sido estado perto de receber este importante galardão cultural, mas teve de esperar até este ano para o receber.

O premiado nasceu em Quioto em 1952, tendo como sonho maior tornar-se em artista de mangá. No entanto, o seu destino mudou ao ser empregado como desenhador na Nintendo em 1978. Desde então, tem participado em projectos criativos da empresa, mas também lida com o lado financeiro e o relativo ao marketing.

É interessante, bem como importante, ver como os videojogos podem agradar ao mundo e entretê-lo a um nível massivo que até uma instituição tão séria como que outorga os prémios Príncipe de Astúrias tenha decidido distinguir um dos seus nomes mais conhecidos e produtivos.

Um videojogo, na minha opinião, também pode ser um objecto artístico, ao não divertir, mas também ensinar, emocionar e desafiar. É uma banda-desenhada viva, um filme protagonizado pelo jogador, um livro que nos permite conhecer novos mundos, uma peça de arquitectura informática e visual.

Todas as artes são únicas e todas se podem unir. Este prémio vem provar que o videojogo comunica algo e pode ser estudado pelas ciências humanas como a História, a Paraliteratura, a Antropologia. Tal como uma forma de arte.